quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Poema Vigésimo Primeiro - Alberto Caeiro

Poema Vigésimo Primeiro de Alberto Caeiro

Música : Gianna Nannini - Meravigliosa creatura

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

A Feira de Castro

A feira de castro
Olho no horizonte. O azul céu confunde-se com o arco-íris da multidão que deambula por entre barracas onde, fervorosos vendedores, apregoam os seus produtos: -comprem, comprem! São só cinco euros!
E a turba mexe e remexe – atenção às carteiras – ouve-se ao longe.
A feira também lugar para a acção dos larápios, que roubam os mais descuidados.
Esta é a feira de castro, e a minha infância e a da minha adolescência, a caminho da idade adulta.
- É diferente, a feira, agora! – Dizem-me
Mas para mim será sempre a feira das farturas, das luzes, das castanhas…
Aquela que percorria pela mão de minha mãe, de olhos arregalados para aquela imensidão.
Esta é a feira de castro. Sem gado, dizem-me. O meu pai já não vai regateia o preço dos animais a comprar ou a vender. Mas para mim será sempre a Feira po0rque anseio, ano após ano!
Trabalho postado por Rui Carlos
Novamente Feira e Castro Verde

Mais um ano que passou, mas uma feira anual de Castro Verde que chegou. Como devem de saber, ou não, a feira é a época do ano mais desejada do ano, é onde os jovens e as pessoas mais idosas se encontram com dois objectivos em comum: fazer compras e divertir-se.
Por onde quer que olhasse, apenas via cores alegres, pois eram raras as vezes encontrar pessoas que estivessem tristes. Até as pessoas que lá estavam a trabalhar estavam rodeadas de cores alegres, apesar de estarem sempre com cara de quem ainda não tinha vendido muita coisa. Mas após reparar bem, as cores que se viam eram as cores escuras das roupas dos ciganos, mas apesar disso não se via muita tristeza.
Ao relembrar a feira, consigo sentir uma mistura de vários cheiros ao mesmo tempo, como por exemplo o odor da gordura quente e das farturas acabadas de fritar em conjunto com o açúcar e canela, o cheiro das pipocas doces fresquinhas juntas ao algodão doce. Consigo sentir também o odor dos ciganos cansados dos longos dias de trabalho e o cheiro a bebidas e comidas quente que vinha de varias barracas ou até dos restaurantes às horas das refeições.
Mas o que mais gostei de ver na feira foram várias mães com filhos com os olhos a rilhar por terem recebido mais um brinquedo novo que os pode entreter durante algum tempo e ao verem o brinquedo vão dizer à mãe:” Compras-te isto na feira, não foi?” e ficam com um grande sorriso. Também se viam pessoas de todo o “jeito”, “cor” e “tamanho”, pessoas que mais uma vez vieram viver a emoção da feira de Castro Verde e pessoas que vieram de longe apenas para poder dizer que vieram à nossa feira.
Posso concluir assim que apesar de tudo, passou mais um ano e com ele mais uma tradição da nossa vila. Mais um ano que vai ficar relembrado como a Feira de Castro Verde e muita gente vi comentar e dizer:” Olha lá, lembras-te daqueles dias da Feira de Castro Verde de 2007?”.
Plano-guia do texto “Novamente feira de Castro Verde”

Introdução: - O que é a feira para nós.

Desenvolvimento: - As cores (abstractas e concretas);
- Os vários odores existentes na feira;
- Os vários tipos de pessoas que vieram à feira.

Conclusão: - Mais um ano que passou e as lembranças que ficam.
Publicado por Nádia Marçalo

domingo, 4 de novembro de 2007

Feira de Castro Verde

Exposição: Texto Expositivo-Informativo
"Feira de Castro Verde"

A feira de Castro Verde é uma das maiores e mais antigas que se realizam no sul do país. Tem lugar no 3º fim-de-semana de Outubro, sendo o Domingo o dia principal da feira.
Em tempos, a chegada da feira de Castro era a tão aguardada festa que agitava anualmente o comércio do campo branco, em que o povo da vila e dos mais longínquos lugares do país vinham conviver e onde os nossos pastores e agricultores se vinham abastecer de provimentos e das mais variadas ferramentas para enfrentarem, desse modo, mais um ano de intenso e árduo trabalho. Nesta altura, os feirantes e negociantes de gado instalavam-se em Castro Verde, em casas particulares durante pelo menos uma semana, porque não havia a facilidade dos meios de transporte de hoje, daí que os mais velhos digam que a feira de Castro já não é o que era. Apesar dos novos tempos há tradições que a feira guardou: o polvo assado, a senhora das benzeduras, o homem dos cajados, as batatas doces cozidas...Continua a ser a grande feira do sul, apesar desta se ter “modernizado”, continuando a ser um dos maiores acontecimentos da nossa região, onde o visitante não ficará certamente indiferente a esta autêntica “romaria”.
A feira é um local onde se pode apreciar e adquirir quer o artesanato típico, quer a gastronomia da região, quer os sabores doces e, os frutos secos que tornam a nossa feira num verdadeiro tributo ao paladar.
O cheiro tão característico das castanhas assadas, que anunciam o Inverno rigoroso que não demora a sentir-se, as farturas que olham impacientemente para os visitantes, na esperança destes as levarem, o algodão doce que faz a delícia dos mais pequenos.
A feira de Castro é um local de encontro de gerações e etnias, onde nestes dias, a vila fervilha de ciganos, desalinhados e irreverentes, prontos a vender gato por lebre, africanos a venderem bonitos artefactos e peças decorativas de madeira e marroquinaria e chineses que nos trazem tecnologia barata de pôr os olhos em bico.
O som dos comerciantes a apregoar os seus produtos contrasta com o som da música que se começa a ouvir pelas ruas, das modas alentejanas cantadas alegremente pelos grupos corais da planície, das bandas filarmónicas que dão à feira uma intensidade e personalidade próprias e ao som da viola campaniça e do cante de baldão, capaz de inspirar os melhores trovadores a puxarem pela voz.
A feira de Castro é assim, a maior feira do sul do país e das que tem maior tradição, um evento único no Alentejo e que de certeza lhe irá deixar alguma saudade no coração.
Até para o ano!


Plano-Guia

Introdução:

  • Pequena descrição da feira

Desenvolvimento:

  • Tradição: Será que se está a perder?
  • A feira
    -Paladares
    -Tradição
    -Atesanato
    -Música
    -Cultura

Conclusão:

  • Convite a visitar a feira

um pequeno aparte para quem gosta de poesia popular :)

Quadra alusiva à feira

Adeus ó feira de Castro

Que de longe te estou vendo

Já levo a ponta do pau gasto*

E as bordas do cu ardendo**



(A quadra da ironia e brejeirice popular em honra da feira, tal era o gozo)

* O pau era o cajado de guardar o gado

** As bordas do cu ardendo de tanto estar sentado na festança

Publicado por Duarte Luís

Feira de Castro Verde

Exposição: Texto Expositivo-Informativo
"Feira de Castro Verde"
A feira de Castro é um momento único de tradição com vários séculos de existência, realizando-se sempre ao terceiro Domingo de Outubro, sendo esta considerada a maior feira do sul.
Em tempos, a feira durava quinze dias. Durante esta quinzena rumavam pessoas de vários pontos do país, atraídas pelo bulício e mostras de ruralidade.
Actualmente, tem a duração de três dias, sendo estes marcados pelos espectáculos musicais, modas alentejanas, canto a despique e baldão, e muitos outros negócios, nomeadamente de roupa e acessórios, não esquecendo os espaços de diversão que não passam despercebidos pela camada mais jovem.
Por estes dias a vila enche-se de cheiros e ciganos; não faltando também mesas repletas de castanhas, figos secos e nozes, bem como as farturas e churros.
Chegam ainda excursões, mas nada como antes, pois também a feira já perdeu alguma da tradição. O artesanato, que antigamente era a principal atracção, tem caído no esquecimento, ao longo do tempo. Mas uma coisa é certa, o que no fundo não mudou, com o passar do tempo, foi o convívio e o encontro entre velhos amigos.
Nos dias de hoje, as pessoas já não pensam na feira como algo necessário ao qual a presença é indispensável, vêem-na como um espaço social onde se misturam culturas, sabores e reencontros entre amigos e conhecidos.
A feira de Castro é assim uma das últimas feiras com maior tradição, ao qual não podemos ficar indiferentes, permitindo assim que tal tradição se mantenha com semelhante vivacidade durante muitos mais anos.


Plano-Guia

Introdução:
  • No que consiste a feira de Castro

Desenvolvimento:

  • Feira -Antes e Depois: As principais alterações

Conclusão:

  • Uma tradição a preservar

Publicado por Vânia Palma

Texto de Reflexão - Comentário

“Feira de Castro”

Esta feira remonta ao início do século XX e é um símbolo das tradições do concelho de Castro Verde. Todos os anos realiza-se no terceiro fim-de-semana do mês de Outubro no Largo da Feira.
São atraídas milhares de pessoas vindas de todas as partes do país; esta simboliza uma das mais tradicionais e antigas feiras do País. Há décadas atrás aqui se faziam as compras e os negócios anuais de maior parte das famílias que produziam produtos para aqui venderem ou aguardavam para fazer as suas compras familiares.
Actualmente é uma feira em grande parte para a diversão e contacto com a cultura e tradições alentejanas. Podem ser ouvidos os grupos corais alentejanos, os pratos tradicionais e a visita à feira do gado.
Quem passa por esta feira não fica indiferente aos odores, sabores, cores e sons: o fumo dos grelhados, as castanhas assadas e até a mistura de vozes apregoando os seus produtos. Sente-se neste ambiente por parte dos mais velhos grandes emoções: o encontro de amigos, a recordação da sua juventude passada nesta feira e a história da própria feira ao longo dos anos.
Considero a “Feira de castro” um importante acontecimento nesta pequena vila rodeada pelos campos alentejanos, repletos de histórias e tradições.

Plano-guia


Introdução:

  • Data da realização
  • Local
  • Inicio da Feira

Desenvolvimento:

  • Historia da Feira (antigamente)
  • Feira de castro actualmente

Conclusão:

  • O que eu considero que a feira de castro é

Publicado por Angélica Vasconcelos

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Poema

Estranho...
essa forma de pensar
essa forma de agir
estranho ser assim

Um poeta de café
que por mais que tente
nem com muita fé
me sentirei relevante

É como amar
esta tão nobre tarefa de rimar
falar tão alto para ninguém ouvir
podendo assim soltar o meu cântico

Ponham fim a este poeta amargurado
Atentem contra mim, sim!
acabem com este mal bocado
antes que me voltem as forças de viver
e jamais me consigam abater

Poema de Duarte Luís

Poemas

Navego num mar de ansiedade
passeio no vale da imaginação
procuro me esconder da realidade
que é algo que me traz à escuridão



Que rica infância a minha
que não temo em recordar
pois pouca tristeza tinha
não parava de cantarolar


Poemas de Vânia Palma

Poema

Muitos poetas estão perdidos
Principalmente quando não sabem quem são
Procuram a sua identidade entre os conhecidos
Como também entre as pessoas que nunca viram
Apenas não a procuram no seu coração

Poema de Nádia Marçalo

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Poema sobre Fernando Pessoa

Falta-me a luz na alma
Busco dia e noite a minha Paz
Só me encontro a mim
Mas não paro, pois sou audaz

Não sei quem sou
Não sei o que quero
Sei que me procuro
Mas só me desespero

Busco a liberdade do meu Ser
Viajo sem parar
Mesmo cansado não desisto
Sei que vou lá chegar

Poema de Angélica Vasconcelos

Abstraccionismo

Principais seguidores do Abstraccionismo em Portugal:
-Amadeo de Sousa Cardoso
-Almada Negreiros



Corrente surgida no séc. XX que se caracteriza essencialmente por os artistas se recusarem a representar nas suas obras o mais pequeno vestígio do Mundo que os rodeia, ou seja, abandonam o compromisso de representar a realidade aparente e não reproduzem figuras nem retratam temas, importando apenas as formas e as cores. A sua primeira manifestação dá-se na Alemanha através de Wassili Kandinsky que pintou uma aguarela no ano de 1910. Em Portugal, o primeiro artista a expor as suas obras abstractas é Amadeo de Sousa Cardoso, que participa com três quadros numa exposição na Alemanha no ano de 1913.

Há dois tipos de abstracção: a informal, que procura o lirismo priveligiando as formas livres e a geométrica que segue uma técnica mais rigorosa e não tem intenção de expressar ideias ou sentimentos

- Abstracção informal: os artistas abandonam a perspectiva tradicional e criam formas, utilizando linhas e cores para exprimir emoções (recebe muita influência do expressionismo e do cubismo);

Principais artistas: Wassily Kandinsky (1866-1944) e Paul Klee (1879-1940)

- Abstracção geométrica: Ao criar pinturas, gravuras e preças de arte gráfica, os artistas exploram com um certo rigor técnico as formas geométricas, sem preocupação de transmitir ideias e sentimentos.

Principais Artistas: Malevitan (1878-1935) e Piet Mondrian (1872-1944)

Na escultura abstracionista destacou-se o belga Georges Vantongerloo (1886-1905)









Uma das muitas obras do abstracionista Wassily Kandinsky

Trabalho elaborado por Angélica Vasconcelos e Nádia Marçalo

Paulismo

O Paulismo é uma invenção de Fernando Pessoa que consiste num refinamento dos processos simbolistas.

Caracteriza-se:
  • Voluntária confusão do subjectivo e do objectivo;
  • Associação de ideias desconexas;
  • Frases nominais exclamativas;
  • Aberrações de sintaxe;
  • Vocabulário expressivo de tédio;
  • Pelo vazio de alma;
  • Do anseio;
  • Uso de maiúsculas que traduzem a profundidade de certas palavras.

    A nova literatura é "arte de sonho" porque o pensamento e a acção, na época moderna, se separaram irremediavelmente. Hoje, o pequeno mundo fechado de outrora rebentou.

O poeta destes sonhos deve deixar-se conduzir pelas impressões visuais.


A designação de Paulismo para a arte, a «arte de sonho moderna» provém de uma poesia datada de 29 de Março de 1913, que começa com a palavra «pauis». Paulismo significa, pois, poesia de paul ou pântano. O poema apareceu em 1914, no número único da revista «A Renascença», e documenta a primeira vinda a público de Pessoa como poeta português.

A admiração de Sá Carneiro e de outros escritores amigos mostra claramente que o programa contido no poema correspondia à expectativa dos autores jovens.

Segue-se o link para o poema de Fernando Pessoa, "Impressões do Crepúsculo"

http://www.revista.agulha.nom.br/fpessoa34.html

Trabalho de Duarte Luís e Vânia Palma

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

O voo da sabedoria - O porquê do título?



Iniciamos a aprendizagem da Língua Portuguesa aprendendo o "a" "e" "i" "o" "u", a juntar letras, a fazer palavras, a construir frases, fazer ditados e composições; e finalmente a ler um livro. Podemos até dizer que desde o momento em que nos é ensinado a primeira letra há um voo da aprendizagem ate à leitura.

Em Portugal é preciso saber interpretar, compreender e resumir; conhecer adjectivos, verbos, advérbios, conjunções, substantivos, pronomes, artigos, numerais, derivação e composição, fonética e fonologia, ortografia, discurso directo, pontuação e preposição.
Depois de saber, é só voar no Mundo das palavras que são a forma mais expressiva do ser humano, a comunicação com os seres que o rodeiam e a demonstração dos seus sentimentos.
Depois de voarmos lado a lado com a sabedoria das palavras podemos entrar em qualquer mundo.
É voando em busca do saber que conseguimos passar a fronteira da ignorância.

É voando nas asas do conhecimento que nos tornamos seres livres!